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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dias 23 | 11nov | Vietnã - O que é que Hoi An tem?


Hoje o dia seria dedicado ao trecho mais histórico de Hoi An, que era basicamente percorrer o circuito de casas e templos de arquiteturas ecléticas que se desenvolveu na região.
Compramos um day ticket, que dá direito a entrarmos em 5 atrações, a serem definidas por nós.

Antes de começar o trajeto, tínhamos uma pendência, a Bé precisava fazer a 2a dose da vacina contra hepatite B, recomendada para se viajar por essas bandas. Descobrimos onde era e fomos direto ao posto de saúde. Mas chegando lá a entrada de terra batida fez a gente questionar a higiene, a organização, e todo tipo de coisas... A enfermeira não falava nada de inglês e felizmente apareceu uma moça disposta a nos ajudar e aí as coisas melhoraram: a vacina estava condicionada num recipiente com isolamento térmico e as seringa era descartável. Mas que deu uma preocupação, ah isso deu!   

O day tour em si foi bacana, com construções antigas, algumas mais preservadas que outras. Mas com um porém, em todos lugares que entramos sempre tinha o momento "empurra-souvenirs", alguns com aspecto "vintage" - mas obviamente falso. Uma mistura de Embú com a Liberdade...
No centro uma ponte construída pelos japoneses. A Bé provando uma guloseima de rua, doce de arroz e feijão.

Há uma influência forte da arquitetura francesa, chinesa e japonesa nas construções, que foram tombadas pelo patrimônio histórico. Algumas não aparentam ter uma conservação boa, mas até os telhados cobertos de musgo dão um clima de lugar parado no tempo. É essa arquitetura tão particular que dá a Hoi An uma identidade própria.
Numa das casas, uma apresentação de "música tradicional" trazia uns músicos entediados por tocarem a mesma coisa centenas de vezes por semana. Pelo menos não tinham a versão de algum  sucesso dos Beatles ou a versão vietnamita da Lambada... Depois entrou um cara fantasiado para fazer umas danças performáticas, mas com um quê de mal-ensaiado. O destaque ficou por conta do cara que tocava um instrumento de 1 corda só, que parecia ser quem realmente sabia o que estava fazendo. 
De tarde encaixamos um passeio de barco ao longo do rio Thu Bon, aquele que inundou a cidade. O barqueiro começou com um preço bem mais alto, para variar. E para variar usamos nosso cada vez mais apurado senso de barganha. O guia já emendou o assunto futebol e começou a perguntar sobre alguns jogadores da antiga seleção do Dunga. Aqui no Vietnã ninguém faz idéia do que seja Carnaval, mas futebol é Brasil. Vimos umas vilas de pescadores (nada rústicas como imaginávamos), plantações de coco, um mega complexo de hotel com campo de golfe em construção. Nada de realmente especial. Descemos o rio até a sua foz, já despejando suas águas barrentas no mar da China. 
O mais incrível é que depois de toda conversa amigável e futebolística, assim que ele recebeu o dinheiro, já mudou completamente de expressão e partiu em busca de outro turista. Nessa terra de comunistas a simpatia acaba sendo uma moeda de troca e obedece às leis do capitalismo mais selvagem! Talvez no Brasil a gente esteja deixando de ganhar uma grana preta!!

Acabamos comendo uns pratos locais numas barracas de rua, algo mais leve para um dia mais tranquilo. Amanhã, bike pelos campos de Hoi An!

Abs a todos!

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