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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dias 21-22 | 09nov-10nov | Vietnã - Hoi An e a enchente

Como todos certamente já perceberam, estamos tendo dificuldades em manter nossos posts em dia.
Portanto agora vamos organizar os relatos por lugares, somando vários dias num único post.

Na verdade estamos mesmo trapaceando (sim, admitimos!!), mas é a forma que encontramos para dar andamento sem precisarmos dispor de horas diárias de dedicação. É claro que isso pode mudar de acordo com necessidades futuras, como falta de assunto, por exemplo...
Mas não desistam da gente!!


Dia 21 | 09nov
Chegamos de manhã depois de uma viagem noturna cansativa - o motorista buzinava o tempo todo como de costume, mas dessa vez a buzina parecia daquelas de navio cargueiro, de meter respeito mesmo! Caía uma chuva fina em Hoi An, após vários dias de chuvas pesadas. Ontem vimos as notícias da inundação, e quase adiamos nossa vinda a Hoi An, mas somos teimosos e acabamos vindo mesmo assim. Deu para perceber que o motorista teve que fazer uma mudança de trajeto, fazendo uma volta de uns 30 km, para contornar trechos inacessíveis da cidade.



Na parada final, um terreno baldio que serviu de terminal e vários taxistas já nos rodearam para oferecer seus hotéis, uns dizendo que o centro ficava longe. Mas nós tinhamos um mapa e sabiamos que estavamos muito próximo, aqui eles mentem a toda hora para conseguir clientes... Fomos ao centro e conseguimos nos instalar num hotel próximo da parte histórica e principalmente, numa área mais alta!
Chegamos a ver algumas ruas alagadas, com as pessoas ainda se arrranjando para minimizar os prejuízos. Com a chuva acabamos não fazendo muita coisa nesse primeiro dia, que serviu mais p recarregar as baterias. Tomamos um café típico com um macarrão que só existe aqui, o cao lao.
 As ruas inundadas de Hoi An e eu devorando o cao lao;

Hoi An é uma cidade pequena, mas concentra muitas atrações culturais, principalmente sua arquitetura singular de casas e templos, em estilos bem misturados. A cidade desde há muito tempo já recebia muitos comerciantes da China e Japão e suas heranças culturais ficaram marcadas nas contruções. Isso, somado às ruas estreitas e a sensação de tudo estar concentrado, cria uma atmosfera diferente, com um charme muito próprio, faz a gente se sentir deslocado no tempo... A presença do turismo aqui é grande, para variar. E ainda estamos na baixa temporada!

Uma coisa que chama atenção de cara é a presença absurda de lojas de alfaitaria, assunto no qual Hoi An tem fama. Há várias em cada quadra e os vendedores ficam puxando os turistas para conhecer suas "coleções", seus tecidos, etc. Eles copiam qualquer coisa que se leve para eles, como o último lançamento de Milão ou Paris, e pelo que ouvimos, com qualidade muito boa. Tem muito turista que parece ter vindo principalmente para renovar o guarda-roupa, tamanha quantidade de sacolas. Pelo que vimos, é bem barato mesmo.

De noite a garoa continuava e fomos provar algumas iguarias típicas de Hoi An: banh xéo (crepe de arroz, com camarões, porco, vegetais diversos), white rose (um pastel delicado de papel de arroz com recheio de camarões) e won ton frito (pastel chinês com vegetais e porco). Aqui existem muitos restaurantes legais, com ambiente agradável e servindo tudo que se pode imaginar (pizza por ex, tem aos montes, mas nada como nossas imbatíveis pizzas paulistanas!).
 
 Noite em Hoi An, e olha o Brasil presente! Abaixo, white rose e a cerveja mais famosa do sul, a Bá-Bá-Bá (333) - o mais legal é pedir ela!



Dia 22 | 10nov
No segundo dia a chuva não deu muita trégua e ficamos andando pelos lugares próximos da cidade velha.
Fomos ao mercado municipal, que ainda estava sendo limpo após a enchente, já que fica bem do lado do rio. Hoje o nível da água já baixou bem, pois conforme conversamos com alguns locais, a água chegou a uns 2m de altura na rua próxima do rio. O que nos impressionou era a rapidez com que as pessoas iam limpando as ruas e as lojas inundadas. Algumas que vimos sendo limpas no dia anterios já estavam funcionando, como se nada tivesse acontecido. Eles de certa forma convivem com essa situação que se repete ano a ano.
Mercado central de Hoi An, pós-enchente. A Bé andando com "nojinho" da lama. Variedade de ovos, macarrões. Caranguejos enormes e algemados!

Vimos algumas casas que faziam a mesma técnica de bordado que descrevemos em Nha Trang, parece que é algo bem comum aqui no Vietnã. Aqui haviam algumas reproduções mais fotográficas, as artesãs ficam mais de 2 meses num mesmo quadro, mas elas não são as verdadeiras autoras de cada obra: a assinatura no canto é um logotipo da galeria...
Entramos também numa loja que produzia e vendia milhares de coisas feitas de seda. Uma "exposição" mostrava na prática como se chegava no tecido a partir do bicho da seda, uma lagarta devoradora de folhas de amora. Muito legal ver todo o processo, inventado pelos chineses há muito tempo.
A vida na rua corre normalmente com o recuo das águas. Mercado na beira-rio, com o rio ainda alto. Abaixo a tiazinha seleciona as larvas de bicho da seda que estão prontas p virar casulo (logo a seguir).
 
A chuva aumentou e acabamos voltando ao hotel e passando o resto da tarde em estado de hibernação...
De noite voltamos ao mesmo restaurante de ontem, o que fez a dona levantar aquele sorriso, talvez mais pelos nossos suados dólares! Pedimos um peixe assado na folha de bananeira, com vários temperos, muito aromático. E cerveja Saigon, que apesar de ser mais sem graça para pedir, agradou mais!
Cenas noturnas, com várias lojas. A Bé no meio das lanternas japonesas (ou chinesas?). Nosso peixe com cerveja!

Abs a todos!


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