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sábado, 31 de dezembro de 2011

Dia 73 | 31dez | Mais um que se passa. E um novo que chega!!

Olá gente!
Evidentemente nosso blog está ligeiramente atrasado...
Um tanto quanto...
Na verdade, atrasadésimo!! 

No nosso último post estávamos no Vietnã. Passamos cerca de 2 semanas na Malásia e já chegamos há cerca de outras 2 na Indonésia.
Na estrada há 73 dias, por incrível que pareça.
Muitas histórias, perrengues e experiências já se passaram.
Até sofremos um roubo!! Pegaram nosso shampoo numa pousada perdida no litoral noroeste da Malásia...

E nada de posts novos...
Mas para minimizar nosso sentimento de culpa, cá estamos, num cyber café no meio da ilha de Bali, Indonésia...

Para desejar a todos um ANO NOVO cheio de ALEGRIAS, NOVAS CONQUISTAS e claro, MUITA SAÚDE !!
 

Um super beijo a todos!!
Márcio e Beth





segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Dias 35-38 | 23nov-26nov | Vietnã - Hanói e adeus Vietnã!

Dia 35 | 23nov
Chegamos muito cedo na estação de trem. A viagem foi ok, já sentíamos saudades do calor de Hanói. Após quase brigar com os taxistas que cobraram descaradamente quase 3x o valor justo, pegamos um mais honesto direto ao Elizabeth Hotel.
Após 3 dias andando pelos morros de Sapa e passando frio, nos demos um dia de descanso no hotel.



Dia 36 | 24nov
Hoje iremos visitar alguns dos destaques de Hanói: o Templo da Literatura, o Complexo do Mausoléu de Ho Chi Minh e o maior mercado da cidade. Sem dúvida, em cidades como Hanói muitas coisas interessantes ficam no meio dos trajetos entre os pontos turísticos.
Numa loja de bordados (da mesma empresa que visitamos em Nha Trang) encontramos um bando de brasileiras, cariocas e loucas para comprar todo tipo de souvenirs. Foi engraçado observar elas negociando com os vendedores, pechinchando e seus maridos aguardando na frente.
O templo da literatura é um espaço muito bacana, com muito verde e que parece ser um respiro dentro da movimentada Hanói das motocicletas. O templo foi dedicado a Confúcio e também abriga uma universidade (que supomos ser ligado a letras...). Havia uma turma de formandos em trajes típicos tirando fotos uns dos outros.
Como capital do norte, Hanói é a cidade onde Ho Chi Minh foi enterrado, ou melhor, mumificado. Seu corpo está exposto num  Mausoléu, onde os vietnamitas fazem filas para prestar suas homenagens. Ele deve ser o único morto que viaja todos anos, e de graça. Seu corpo é enviado para a Rússia para um check up geral estético. Agora mesmo ele estava passando sua temporada em Moscou e não pudemos visitá-lo. Mais do que ver seu corpo, eu tinha mais curiosidade em presenciar os locais fazendo essa visita, que é praticamente uma peregrinação.
  
No centro, o mausoléu do Uncle Ho (Tio Ho).

No final do dia fomos ao mercado de Bong Xuan, o maior da cidade. Funciona num edifício dividindo espaço com uma estação de trem, com uma infinidade de barracas vendendo de peixes a blusas feitas na China. Parece que esse mercado tem como público principal mesmo o povo local.
  
Lulas secas, tartarugas, peixes, enguias!
 Em terra de lambreta quem tem mais de 400cc é Rei!
No final do dia passamos no Teatro Municipal e compramos ingressos para amanhã para os Water Puppet (Fantoches Aquáticos), espetáculo muito famoso e respeitado por todo Vietnã.


Dia 37 | 25nov
Saimos depois do almoço para perambular pelos arredores até o horário do Water Puppets. 
Andamos num pedaço da cidade muito bacana, com templos, lojas interessantes, restaurantes e cafés. E praças charmosas intercalando os quarteirões. Concluímos que nos instalamos num pedaço mais caído do centro de Hanói... Uma loja tinha souvenirs pra lá de exóticos, tudo feito com insetos e plantas conservados dentro de plástico. Apesar de estranho, era muito original. Havia tbém uma loja vendendo tudo que é bicho empalhado, além de uns bambis tinha até um tigre (q o dono não deixou fotografar)...
No nosso "marasmo turístico" observávamos os locais tocando suas vidas em volta do lago, lendo nos bancos à beira d´água, praticando tai-chi-chuan, casais namorando, e claro, vendedoras oferecendo suas mercadorias.  
Cenas do centro de Hanói.
 Acima, souvenirs de gosto bem duvidável...

Chegando ao teatro, uma multidão aguardava o início do espetáculo. Eles têm 5 apresentações por dia e nessa época do ano, todas lotadas. Tivemos sorte de conseguir lugares bons para o dia de hoje.
Essa tradicional arte popular nasceu com os agricultores dos arrozais do norte do país. Eles criaram de forma engenhosa essa manipulação dos bonecos sobre a água. Na introdução, a apresentadora citou alguns países por onde a trupe já passou e não é que o Brasil foi um deles?
A apresentação foi muito bacana, com artistas no verdadeiro sentido da palavra. Os músicos, muito competentes, têm papel fundamental para a ação. As pequenas histórias narram aspectos da vida no campo e crenças locais, com a manipulação dos bonecos feita de forma primorosa. No final, todos manipuladores vêm à frente, um momento de reconhecimento à toda trupe! Valeu muito a pena!
Saindo do teatro fomos a um café no alto de um prédio no cruzamento mais tradicional de Hanói, que aliás está precisando de uma boa reforma! É engraçado ficar observando do alto a movimentação do trânsito, com toda aquela loucura, tantas vezes já mencionadas aqui. Grupos de turistas atravessando como se fosse "a aventura", uma diversão a mais para a viagem, uma tiazinha nativa costurando no meio sem dar a mínima para carros e motos. 

Logo próximo havia um mercado noturno, o principal de Hanói. Esse fenômeno de mercados noturnos que existem no Vietnã é algo que impressiona. Nossa teoria para isso é que as pessoas trabalham muito e sobra somente a noite para elas fazerem compras. O mercado era focado mais para os locais, com centenas de barracas de roupas e acessórios, acessórios para celulares, coisas para casa, comidas. Devia ter cerca de 1km de extensão, vindo desde o mercado de Dong Xuan que visitamos ontem de tarde. Haviam barracas também em algumas travessas, e claro, muita gente vendendo e muita gente comprando.
Festa das bugigangas!

 

Dia 38 | 26nov
Hoje reservamos o dia para colocar nosso trabalho em dia!
Com vários dias de atraso, nosso blog precisava daquele empurrão...
Amanhã é nosso vôo para Kuala Lumpur, Malásia. E vamos que vamos!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Dias 32-34 | 20nov-22nov | Vietnã - Nas terras altas de Sapa

Dia 32 | 20nov
Na viagem noturna de trem deu para até dar uma descansada, as camas eram confortáveis, apesar do balanço do vagão. Na mesma cabine havia um australiano bem gente boa. Ele tinha uma história bem maluca, ele é filho de pais cambodjanos que fugiram do país durante o regime do Khmer Rouge. Na época o governo da Austrália recebeu as pessoas daquele país, o que provavelmente salvou suas vidas e garantiu suas gerações futuras. Ele estava viajando pelo Vietnã e depois iria para o país de origem de seus pais pela primeira vez, provavelmente um momento muito importante em sua vida.

Sapa é um destino muito famoso no país, com a marcante paisagem montanhosa e seus engenhosos arrozais em platôs. Infelizmente nessa época a colheita foi toda feita e sobraram apenas os platôs alagados. Para o melhor de Sapa teríamos que vir em junho, quando os morros ficam totalmente verdes. Aqui também há uma variada presença de minorias étnicas e a visita às vilas é um dos principais programas. Nosso tour era focado em trekking e seria de 3 dias e 2 noites, sendo uma noite em homestay.
Chegamos às 5 da manhã em Lao Cai, o acesso do trem, onde uma van nos levou até a cidade de Sapa. Uma alemã, cujo guia não havia dado as caras, se juntou à nossa van. O hotel do tour era normal, sem charme nenhum, apesar de se chamar Emotion Boutique Hotel. Não era boutique hotel, muito menos causava qualquer emotion... Após o café da manhã nossa guia veio nos encontrar, uma senhora muito simpática de uma etnia local, pequenininha! O nome dela era Sú e a Bé já mandou um "Que fofa!", hehehe!

A Bé no alto, na cabine do trem. No centro, a Sú, nossa guia à caráter.

Saimos andando do hotel e um grupo de mulheres da mesma etnia da Sú se juntou a nós. A alemã também se encaixou no nosso grupo, com mais 3 pessoas de uma família tcheca. Como prometido, o tour seria em um grupo pequeno, de no máximo 6 pessoas. Mas o que não imaginávamos era que haviam dezenas e dezenas de outros grupos de 6 pessoas... O trajeto estava tomado pelos turistas e pelas mulheres que seguiam puxando aquela conversa mole a qual já nos acostumamos: "De onde vc é?", "Quantos anos vc tem?", "Vcs são casados?"... Em um dado momento elas sacavam vários artesanatos de suas enormes cestas e ficavam tentando nos vender!! O mais curioso era que elas seguem determinadas pessoas, como um combinado entre elas - "esse casal com cara de japa são meus". Tinha uma cena em que várias crianças praticamente subiam em cima de um turista, fotografei e até mostrei pro cara, que riu muito.
Saimos pela estrada de acesso da cidade, já na beira de um vale bem fundo. Carros e caminhonetes passavam buzinado e muito perto de toda aquela gente, espremida na estrada estreita. Entramos por uma trilha e começamos a descida rumo ao fundo do vale, muito cênico! A paisagem realmente é bonita, apesar de não estarmos na melhor época. A neblina espessa da manhã já se dissipava e revelava a extensão do vale.A descida era bem íngreme e as mulheres todas (nossa guia inclusive) usavam umas sandálias estilo croc ou havaianas. E algumas desciam correndo, com muita habilidade.
O trajeto ia acompanhando o rio, quando atingimos a vila de Lao Chai. Mais mulheres nos cercaram, agora com uns panos vermelhos na cabeça. Essas são já de uma outra etnia, mas também tentavam vender seus artesanatos. Todas essas vilas são muito humildes e essa renda extra que eles têm dos turistas certamente é muito importante.
Na vila tivemos nosso lanche-almoço, uma baguete muito boa com omelete, salada e frutas.
Alguns bichos importantes na vida dos locais, sobretudo os búfalos, sem os quais tudo seria muito mais trabalhoso! E porquinhos filhotes são engraçadinhos, não daria para pensar neles dentro de uma feijuca... 
 Nosso trajeto se extendeu até a vila de Tan Van, onde seria nosso homestay. Na verdade não era um homestay de fato, estava mais para uma hospedaria preparada para turistas, com várias camas separadas apenas pelos mosquiteiros.
O jantar foi um dos destaques. A dona da hospedaria, com o barrigão de uns 8 meses, preparava a comida sobre o fogo de lenha. Entramos para ver e ela nos deixou ficar um pouco. Ela preparou vários pratos, com sabor bem caseiro e todos muito bons! Muitos vegetais, carne de porco, frango, tofu e claro, arroz! Após o jantar nossa guia e uma outra bem doida troxeram umas garrafa pet com o que eles chamam de rice wine (vinho de arroz), que não tem nada a ver com o saquê japonês. Essa bomba está mais para a cachaça, com mais de 40% de álcool. Começou o vira-vira, que acompanhamos somente no começo, para não dar um PT no trajeto do dia seguinte. Foi muito divertido, nossa guia era muito engraçada e ficava regulando a outra que era mais maluca (essa queria fazer todos encherem a cara!!). Depois ainda fomos dar uma espionada numa festa de casamento que estava acontecendo na vila, muito bacana. Pegamos o momento da chegada da noiva, que era de Hanói.
 Acima, nosso homestay. Na parte de baixo, o festival de vira-vira de "rice wine".

Durante a noite, um rato andou pelas redondezas e acho q ele me cutucou o dedo do pé! Quando levantei com a lanterna em punho, a Beth já acordou perguntando o que eu estava fazendo... "Nada! Só estou procurando meu chinelo!". Hehehe, se ela soubesse ia ficar acordada a noite toda em vigília!! Outras pessoas também viram, mas concluimos que esses daqui são mais limpos, pois comem arroz e milho... Melhor pensar assim!


Dia 33 | 21nov
Acordamos bem cedo para pegar o nascer do sol no vale, o que valeu muito a pena! Após o café com panquecas e mel, já pegamos a trilha. Dessa vez teríamos mais subida, pois teríamos que dar a volta por cima para acabar de tarde na estrada que levaria de volta à cidade.
 Hoje as multidões parecem ter se dissipado um pouco. Mas mesmo assim alguns grupos faziam o mesmo trajeto que a gente.
A visão do vale no trecho de hoje é ainda mais bonita, ficamos tirando fotos a cada parada... Passamos numa escola local, onde as crianças estavam tendo aula.
Num determinado momento um pessoal grita p gente de cima do morro, eram as 2 canadenses que conhecemos em Halong Bay. Elas estavam com um outro grupo, e acabamos nos cruzando no meio do vale! Almoçamos numa vila no caminho, noodles preparado pela própria Sú. Quente e reconfortante para um dia mais frio que ontem.
Nossa guia a Sú, uma das pessoas mais bacanas que conhecemos nessa viagem.
À direita, a cidade de Sapa.

Quando chegamos à estrada nossa van já estava a postos e pegamos a estrada de volta a Sapa.
Jantar no hotel e um merecido descanso!


Dia 34 | 22nov
Hoje é nosso último dia em Sapa. Após o café apareceu um outro guia e não a Sú como imaginávamos. O dia estava muito nublado e com neblina muito densa. Foi muita sorte, pois nos 2 dias anteriores conseguimos ter dias excelentes para aproveitar as trilhas e o visual do vale. Hoje o dia é de chuva mesmo.
No nosso grupo tinha uma curitibana que mora em Londres. Ela trabalhou numa empresa inglesa fornecedora da Narita que faz pesquisa de mercado em vários países. Brasucas são raridade por esses lados do Sudeste asiático e quando ouvem um português-não-lusitano logo tratam de se identificar e trocar figurinhas.
O restante do tour é de fato para "encher linguiça" mesmo. O guia era muito fraco, nem chegava aos pés da Sú. Era apenas um cara que sabia o caminho. Fomos a lugares do tipo uma "vila onde as mulheres fazem artesanato". Perto uma cachoeira e um rio eram o destaque do trajeto. Próximo da cachoeira umas barraquinhas vendiam petiscos locais. Provamos um arroz glutinoso (de moti) cozido dentro de bambu, que eles assavam sobre brasas. Curiosa forma de preparo e para comedores de arroz como a gente, muito boa!
Voltamos à cidade sob chuva na hora do almoço e depois tivemos a "tarde livre". Ficamos perambulando pelas ruas de Sapa, repletas de lojas de souvenir (os mesmos que as mulheres vendem nas vilas). O mercado local é interessante, com aquele sortido de barracas de verduras, frutas, bichos vivos e comidas locais, bem típicos aqui do Vietnã.

Apesar do dia de hoje, Sapa valeu muito a pena!
De noite pegamos o trem de volta a Hanói, já na nossa reta final aqui no Vietnã.
Abs a todos!