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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dia 14 | 02nov | Vietnã - Tour ao Delta do Mekong 2

Após o café no hotel (que por sinal estava melhor que esperávamos) pegamos um barco diretamente no porto e partimos para o mercado flutuante de Cai Rang, o maior mercado do delta do Mekong.

No caminho, algo muito curioso aconteceu. Nosso barco chegou numa bifurcação, onde um canal encontrava o rio principal e um outro barco encostou no nosso bem nesse ponto! E não é que eram as outras pessoas do grupo que foram dormir em homestay (na casa de nativos)? Na verdade os barcos tinham um horário para esse encontro e foram SUPER-PONTUAIS! Depois dessa a Bé virou fã do guia, que na hora do encontro esboçou um sorriso com o canto da boca, como se pensasse "Nós somos bons mesmo, isso que é eficiência!!". Depois falei para ele sobre esse episódio, que ficamos admirados com a pontualidade e organização, ele ficou muito feliz e nos agradeceu!! Muito figura o cara! rsrs.
Bé na frente do hotel, em Can Tho. Cenas ao longo do delta do Mekong.
Abaixo, nosso guia-todo-certinho, uma figura.

Os mercados aqui no Vietnã são muito abundantes e movimentados, pois o povo aqui tem o hábito de comprar alimentos todos os dias. Peixes e outros bichos, eles compram sempre muito frescos, muitas vezes vivos. E o mercado flutuante tem uma atmosfera muito diferente, as pessoas vêm comercializar seus produtos em seus barcos, lotados até a borda. Cada barco levanta uma vara com seu produto pendurado na ponta. Assim as pessoas sabem quem vende o que, e se o produto acabar, eles recolhem a sinalização. Tinha um barco com uma variedade enorme, praticamente tinha um espeto com tudo no lugar do mastro!
No meio, esse barco parece vender praticamente de tudo! À esq, a tia que vende café, uma simpatia! 
À dir, muitos barcos têm esse olhos pintados na proa. E o freguês feliz com o café refrescante!


Tempo para um lanchinho. Barco cheio de repolhos.
Variedade de frutas, melancias, abacaxis e pomelo.

Vimos barcos lotados de frutas (abacaxis, jacas, mangas, melancias, etc.), tubérculos (batata doce, inhame, e até a nossa mandioca), legumes de todos tipos, etc. E quando atravessamos pelo meio dos barcos, as senhoras vendendo bebidas, comidas, café, vinham e grudavam suas canoas para fazer negócio. Tomamos mais um café com leite e gelo com uma sra. muito simpática. Depois que terminamos o café, ela completa o copo com chá gelado, que vem muito bem para quebrar o doce do café.
A movimentação no canal onde fica o mercado é muito intensa, barcos pequenos, médios e barcos cargueiros muito grandes dividem o fluxo aparentemente caótico. Mas como estamos aprendendo, aqui na Ásia há muita ordem no caos, as coisas acontecem e funcionam apesar de parecer uma bagunça.
Ao longo do rio também vimos muitas casas dos locais e alguns estabelecimentos bem interessantes, como construtores de barcos. Como as avenidas aqui são os canais, também haviam vários postos de gasolina flutuantes.
Visão geral dos barcos, alguns não motorizados. Abaixo, nosso "tour-for-gringos". Oficina de construtores de barcos.

Depois do passeio pelo mercado, partimos para um canal menor, onde desembarcamos para visitar uma fábrica caseira de macarrão e papel de arroz. As pessoas estavam trabalhando no papel de arroz a todo vapor, literalmente. A massa de arroz era espalhada por uma mulher sobre uma base de tecido esticado e plano, depois abafada com vapor. Após leve cozimento um rapaz tirava a folha com muita habilidade e estendia sobre uma esteira de bambu. Tudo acontecia de forma muito rápida, e logo do lado haviam muitas esteiras secando ao sol. Aliás no macarrão eles usam além do arroz, amido de mandioca, que foi trazida para a Ásia diretamente do Brasil! Já vimos numa das lojinhas da Liberdade (em S. Paulo) pacotes de tapioca importados da Tailândia feitos de mandioca, que foi levada do Brasil há tempos para ser cultivada na região. Todos estavam trabalhando num ritmo muito intenso, com excessão de um folgado, dormindo sobre as esteiras - não perguntem se isso é ou não higiênico...
Linha de produção de papel de arroz. Acima, a massa bem líquida. No meio, a massa sendo espalhada sobre a base quente e abafada com vapor, e então retirada sobre esteiras de bambu. Abaixo, várias esteiras secando ao sol e o folgadão, no maior cochilo!!

Em seguida fomos para uma propriedade que produzia diversos tipos de frutas, e entre os pomares criavam peixes em canais. É muito bacana ver as frutas diretamente nas árvores, haviam abacaxis, bananas, pitayas (uma fruta de um cacto, muito bonita), papayas, rambutans (uma lichia com "pelos"), pomelo (uma laranja gigante), etc. Após a visita eles vendiam as frutas para os turistas provarem.
 Vista geral da sede e do pomar com lagos. Abaixo o canal de navegação, com seu ritmo próprio.

 Bé "devorando" pitaya e jaca. Abaixo à dir o pomelo, e outras frutas de nomes que não lembramos.

A vida nessa região é mais calma, sem o ritmo louco das motocicletas de Saigon. É como se saissemos de São Paulo e fossemos para Atibaia, numa paisagem mais rural, com pessoas mais tranquilas e ritmo menos acelerado.   
 Cenas com os locais, um outro Vietnã.

O tour terminava com a volta ao hotel. Almoçamos num restaurante próximo e já pegamos o ônibus de volta a Saigon. No final das contas o passeio foi bem legal, apesar desse formato de pacote. A organizaçao dos transportes conta muito para se deslocar num local que se depende mais de barcos.

De volta a Saigon, nosso hotel não tinha mais vagas e a dona nos levou a um hotel de seu sobrinho, mais simples e mais barato. 
Nosso jantar foram uns pães recheados variados da mesma padaria do começo desse tour. Esse lugar tem um padrão de limpeza muito melhor que as barraquinhas de rua... rs.

Abs a todos!

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