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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Dia 6 | 25out | Cambodja - Chegada a Siem Reap

Pegamos o ônibus às 7h45 da manhã para Siem Reap, a noroeste de Phnom Pehn.
Nosso itinerário original previa chegarmos por terra a Siem Reap, via fronteira com a Tailândia. Como a situação política nas região estava bem acalorada - verificamos num portal de viagem que essa área oferecia riscos altos durante essa época, pois houveram conflitos recentes com mortes - resolvemos ainda do Brasil fazer o trajeto aéreo por Bangkok, começando pela capital Phnom Pehn.

Ao longo do trajeto tivemos o primeiro contato com uma paisagem que deve dominar as áreas rurais desses países asiáticos: extensos arrozais, em grandes áreas alagadas. O rio Tonlé Sap acompanha o trajeto e se confunde com as águas represadas para cultivo de arroz.
Nas estrada haviam vários trechos com alagados em ambos os lados, e conversando com um cara local (que minutos antes me pediu para tirar fotos dele em minha máquina, ele apenas me passou o seu cartão de memória) ficamos sabendo que no mês de setembro a cheia foi bem complicada por aqui, a estrada ficou intransitável e Siem Reap teve trechos em que ficou submersa! Hoje mesmo vimos notícias de Bagkok e a coisa não está nada bem por lá... De alguma forma estamos escapando da enchente, esperamos não encontrar com ela qdo formos ao Vietnan, o que deve acontecer no próximo sábado, quando vamos pegar um busão para Ho Chi Min (antiga Saigon). Nesse trajeto cruzaremos o rio Mekong, importante via fluvial do SE asiático que cruza uma penca de países: Laos, Tailândia, China, Vietnan, Cambodja.
No busão, depois de uma parada no meio do caminho, o motorista resolveu ligar a TV e botou um DVD com sucessos locais. Tinham uns video clips com astros locais muito engraçados, os caras usam umas roupas que se pode definir como um mix de Agostinho da Grande Família + estética anos 80 + cabelos anos 70. Bom, dá para se ter idéia de que não é um primor do bom gosto, pelo menos para olhos ocidentais (embora os nossos no momento estão inclassificáveis, pois já perdemos nossa identidade brasuca!). O mais interessante ainda, num dado momento, tocou uma versão de música japonesa que conheciamos pelo repertório "karaokístico" dos nossos pais! O Japão também invadiu o Cambodja!

 Vista da estrada, que ficou alagada no mês passado, nossa parada no meio de uma área rural, as casas com palafitas dos ribeirinhos.

Cenas no busão: TV com clipes locais impagáveis, Bé reconhecendo a música japa, nosso busão na parada.

Chegamos em Siem Reap por volta das 14h e assim que descemos do busão, uma horda de tuk-tuks nos cercou, na esperança de que alguém nos levasse à pousada (definida por eles, já que recebem uma comissão). Praticamente me senti em Salvador, fora as caras de orientais e a ausência de fitinhas do Bonfim... Havia um que carregava uma placa com nossos nomes, não pela pousada, mas pelo Luke (o cara de Phnom Pehn) que ligou p nos indicar a seu amigo. A rede de assédio aqui ultrapassa fronteiras!!
O guesthouse (que é nosso equivalente a pousada) é muito agradável, tocado por uma família local muito simpática e prestativa. Eles também têm um restaurante, onde almoçamos e jantamos, comida caseira cambodjana, confort food total!! Aliás reservamos a pousada hoje de manhã mesmo, pesquisando pelos sites Hostel World e também pelo Trip Advisor, 2 ótimas ferramentas para se avaliar lugares, atrações, etc. Usei quando viajei para a Amazônia e também foram bem coerentes com o que encontrei (inclusive nas críticas). Os comentários que vimos foram totalmente correspondidos na nossa chegada, aliás, todos positivos.

Rio Siem Reap e a cidade de Siem Reap! 

No final da tarde combinamos o transporte dos próximos 3 dias com o mesmo motorista que nos pegou na rodoviária, o Tino. Amanhã vamos a Angkor Wat, o grande motivo de termos vindo ao Cambodja! Vamos acordar de madruga para pegar o nascer do sol no templo de Angkor.
Existem 3 pacotes para se conhecer Angkor Wat, o de 1, 3 dias e de 1 semana. Escolhemos o de 3 dias, pois 1 dia seria realmente muito pouco para uma atração tão extensa.
Esperamos uma multidão de turistas em Angkor, pois só pela pousada e pela andada nas ruas dá p se ter idéia que tem muita gente aqui na cidade...

Aqui temos uma ENORME dificuldade de identificar, pronunciar e diferenciar os nomes das pessoas. Aliás no assunto "nomes" a Bé se dá melhor. É só emendar um "Yes, Elizabethhhh, you know, like the Queen!!". Hahahahah!!

Abs a todos!!

Dia 5 | 24out | Cambodja - Último dia em Phnom Pehn

Gentes! Ficamos um tempo sem atualizar nosso blog, portanto vamos colocar uma penca de posts nessas próximas horas... Esperamos!
 
Acordamos cedo e fomos ao mercado central, uma pequena caminhada a partir do hotel.
No caminho, vimos em uma calçada uma senhora preparando o café da manhã, que era basicamente arroz jasmim e carne de porco cozida adocicada, junto com uma sopa, uns picles e um chá gelado. E pedimos um café gelado - concentrado, coado sobre gelo e leite condensado, uma coisa sensacional!! Como viciado em café, essa versão vai fazer parte do nosso dia-a-dia no calor do Brasil. Tudo isso por 2500 riels, ou seja, cerca de 60 centavos de dólar. E para variar, estava delicioso! Arroz no café da manhã!!

Chegada ao Mercado Central (acima e abaixo) e no meio, o café da manhã cambodjano.

Chegando no mercado central, mais uma vez uma explosão de sensações, cheiros, cores, tudo de dar água na boca!
(Um parênteses aqui - vcs. vão notar que falamos MUITO sobre comida, tiramos fotos de tudo que é fruta, verdura, bichos rastejantes, nadadores, entre outros, detalhamos o que comemos, do que era feito, como era apresentado, etc. É que o tema comida é um dos aspectos que realmente nos faz sentir que estamos longe de casa, fora de nosso dia-a-dia, imersos num país realmente diferente do nosso! Se encontrássemos um singelo PF de arroz e feijão, com bife-salada-farofa, talvez isso não seria assunto... Pensando bem, se encontrarmos isso por aqui, com certeza vamos comentar!!).

Experimentamos algumas comidas tipo snacks, como um rolinho primavera de massa de arroz não frito e super delicado, e recheado com vários tipos folhas (algumas não conseguimos identificar), a Beth amou!! E tbm um macarrão com broto de feijão e porco, muito bom tbm.

 Vista geral do povo comprando, no meio, o rolinho de vegetais e a Bé devorando! Embalagens diversas de doces locais, muito bacanas!

 Bichos vivos diversos: camarão GG (devia ter uns 25cm, somente o corpo), conchas diversas, enguias e siris, devidamente amordaçados! 

Passeio de tuk-tuk

No passeio de tuk-tuk talvez não tenha valido à pena pelas atrações em si (um monumento da independência, o prédio do Parlamento, que no Cambodja é sinônimo de corrupção concentrada, uma ilha que era basicamente o bairro dos novos ricos cambodjanos, o encontro entre os rios Tonlé Sap e o Mekong). Ficamos sabendo que muitos prédios comerciais da cidade têm um forte investimento da Coréia do Sul!
O engraçado é que quando a gente começa a conversar com alguns locais, o assunto flui de uma forma que eles falam mais do que poderiam. O cara que nos levou, o Bora, era um cara bem engraçado. Estudante de contabilidade, estava para terminar o curso e ansioso para buscar um emprego na área. Isso tem uma dimensão bem diferente num país onde as universidades foram banidas e destruidas durante o governo Pol Pot. Mas quando nos mostrava a foto do Rei, do Primeiro Ministro e sei lá quem mais, a informação mais enfática foi a de que o Rei era gay! Rsrsrs! E com aquela postura de "eu-falei-mas-não-confirmo-se-perguntarem".
Fomos ao Watt Phnom, o ponto mais alto da cidade, o que não significa muita coisa, já que Phnom Pehm é uma cidade na planície do Tonlé Sap e Mekong. O templo está um pouco precário, com odores que lembram lugares como Centro de São Paulo, o Pelourinho... Mas foi interessante, e haviam uns macacos meio mal encarados também...  

Beth e o Bora do tuk-tuk, vista do templo Wat Phnom e o Buda, e abaixo o monumento da independência do Cambodja e rio Mekong, no encontro com o Tonlé Sap. E claro, o macaco mal encarado. 

Museu Nacional do Cambodja e Royal Palace
Esses 2 lugares ficam numa avenida à frente do rio Tonlé Sap, o que torna esse pedaço da cidade muito cênico. 
Fomos primeiro ao Museu Nacional do Cambodja, altamente recomendado pelos guias de viagem, descreve a grandiosidade do império Angkor, um dos impérios Khmer (não confundir com Khmer Vermelho, que esses são os caras maus...) e suas realizações, mas sinceramente estávamos um pouco cansados para absorver muita coisa, história, estilos estéticos, enfim, o que um museu tem de fato a oferecer. Andamos meio rápido, tiramos umas fotos do jardim interno (onde era permitido, e não tinha que pagar), que é muito bonito.  De qualquer deu para se ter uma idéia da grandiosidade da civilização de Angkor, que construiu todo o complexo de templos de Angkor Wat, deixou uma herança que podemos comparar às pirâmides do Egito, ou a Machu Pichu. Uma civilização que num momento de ápice chegou a ter mais de 1 milhão de pessoas, quando Londres tinha cerca de 5o mil.

Vistas do Museu Nacional do Cambodja

Depois emendamos para o Pálácio Real, moradia do rei Sihamoni, "aquele". Um espaço, como grande parte dos palácios, amplo, suntuoso e para marcar o poder dos monarcas.
Nesse passeio deu para ver a quantidade de turistas que estavam na cidade, grupos vindo de vários países, inclusive nossos conterrâneos de origem. Os turistas japoneses com certeza devem ser o sonho de consumo de todo lugar turístico, pois eles chegam em grupos, tiram milhares do fotos, consomem muito todo tipo de suvenir e fazem uma visita muito rápida.   
No palácio, não se pode entrar com bermudas e para entrar nos templos, temos que tirar os sapatos. (Aliás, até aqui no hostel temos que tirar os sapatos, o que para a Beth contou pontos a favor!!).
Um dos destaques é a arquitetura Khmer, com os telhados muito bonitos, cobertos de cerâmica esmaltada de variadas cores.
Num lugar chamado Silver Pagoda, ou Templo de Prata, havia uma imagem de Buda (aqui no Cambodja a representação de Buda tem mais a ver com o padrão estético atual, ou seja, ele é magrinho e não aquele moço gordinho que estamos acostumados pela representação do Budismo do Japão) toda construída em ouro e cravejada por milhares de diamantes (9584 mais exatamente) e pesando cerca de 90kg. Neste espaço haviam muitas outras estátuas de Buda, menores, mas muito bonitas. Infelizmente, era proibido fotografar...
Segundo as infos, este templo somente não foi destruido pelo Khmer Vermelho para que Pol Pot demonstrasse sua "preocupação" ao mundo em conservar a cultura Khmer. Devido a isso, nesse espaço ainda se conservou parte dos objetos, embora eles destruíram uma grande parte.

Vistas do Palácio Real, por último, um leão dourado às margens do Tonlé Sap.

Nota: hoje me confundiram com chinês e coreano, acho que com isso estamos praticamente abrangendo toda Ásia oriental... E sim, tivemos que (mais que 2 vezes!!) apelar para o bordão "Yes, we are Brazilians, you know, football, samba, Ronaldo!!".

E viva 2014!!

Abs a todos!

domingo, 23 de outubro de 2011

Dia 4 | 23out | Cambodja - Dia pesado mas fundamental, as feridas do Khmer Vermelho

Hoje saimos cedo com o tuk-tuk (uma moto tipo 125cc puxando uma espécie de carroça, muito popular em vários países do sudeste asiático), aliás com um cara bem legal chamado Luke. Passamos num lugar para trocar um pouco de moeda. Aliás, aqui no Cambodja até brasileiros como a gente podem se sentir milionários - 1 real equivale a cerca de 2000 riels. Mas aqui a moeda corrente para turistas é o dólar, o que também ajuda a identificar os lugares focados em turistas. Pedi ao Luke para nos indicar um local para tomarmos nosso café, mas que fosse frequentado pelos locais. Aqui o povo come arroz ou macarrão no café. Fomos a uma casa de noodles, de aspecto parecido com as casa chinesas que têm na Liberdade, tipo Campeão (ou seja, não era um lugar dos mais bonitos), mas que estava cheia e com o povo local comendo com entusiasmo. Pedimos 2 noodles, com macarrão de arroz, broto de feijão e porco, uma delícia! Tinha um tiozinho do lado que ainda nos ajudou a misturar os temperos e pimentas, o que deu ainda uma melhorada no prato. Essa foi uma experiência bem "Anthony Bourdain" (ref ao programa No Reservations, da Discovery Travel), autêntica e muito boa!
Outra coisa que é bem curiosa (mais uma para a seleção "coisas pitorescas") é que passamos por umas 3 ou 4 festas que são feitas no meio da rua, como um almoço de casamento. Eles colocar umas grades, fecham metade da rua e enfeitam com uma faixas e tecidos e pronto!! Está feito um espaço p o buffet!! O engraçado era que em uma dessas (essa não deu p tirar foto) os convidados tinham que atravessar a rua para ir de um salão a outro!

 Nós à bordo do tuk-tuk, noodles autêntico e delicioso, a festa no meio da rua e o Luke, nosso motorista.

Após o café à cambodjana, fomos a um lugar chamado Killing Fields (ou Campos de Matança) de Choeung Ek e depois ao Museu Toul Sleng. Estes dois lugares são o testemunho das feridas deixadas pelo governo de Pol Pot, líder do Khmer Vermelho (Khmer Rouge), que instaurou a República Democrática de Kampuchea, entre 1975 e 1979. O domínio de Pol Pot nesse curto período ajuda a compreender o país hoje: durante seu governo, milhares de pessoas (entre homens, mulheres e crianças) foram  assassinadas (no Lonely Planet se menciona mais de 2 milhões, e no museu, quase 3 milhões). O ideal do Khmer Vermelho era promover uma sociedade democrática agrária, e a partir desse "ideal" se estabeleceu o "Ano Zero". A partir de 1975, absolutamente TUDO que se referia a qualquer herança cultural khmer (khmer se refere ao povo cambodjano, a sua origem) e ao mundo capitalista deveria ser banido. Para isso Pol Pot promoveu um genocídio que começou com todas pessoas com algum nível de instrução (jornalistas, artistas, médicos, professores, etc), a moeda foi banida, várias edificações foram demolidas (universidades, bancos, teatros, templos, etc), religiões fora banidas. O país experimentou um retrocesso a uma sociedade agrária primitiva, onde o que imperava era o trabalho forçado nos campos.

Creio que a sensação dessa visita seja equivalente a uma visita ao campo de concentração nazista de Auschwitz. Um dia pesado, onde a gente tem uma pequena noção do que essa gente passou. O que mais impressiona é que isso aconteceu há menos de 40 anos atrás. Famílias inteiras foram extintas, e hoje a relação de parentesco é algo que se valoriza muito no país, pois depois da presença do Khmer Vermelho as pessoas tiveram que reunir os laços que restaram, e isso inclui primos de segundo grau, por exemplo.

Killing Fields de Choeung Ek

Começamos a visita pelo Killing Fields, mas creio q a sequência lógica era começar pelo museu Toul Sleng. Os Killing Fields, ou Campos de Matança, eram áreas reservadas com o único propósito de exterminar as pessoas julgadas pelo regime, o que incluiu homens, mulheres e crianças. Houveram mais de 300 durante o regime e o de Choeung Ek é o mais conhecido. Foi erguido num antigo cemitério chinês, a cerca de 14km do centro de Phnom Pehn. Logo na entrada, vimos o enorme relicário, construído em estilo Khmer, que presta homenagem às pessoas mortas durante o regime. Esta torre, com uma estrutura em vidro e concreto abriga os restos de cerca de 9000 pessoas, entre crânios e outras partes. Uma cena realmente impressionante, que nos faz perguntar como isso foi possível, como Pol Pot conseguiu persuadir seus subordinados a cometer crimes tão assombrosos. No entorno, as covas coletivas onde foram encontradas cerca de 17mil ossadas após a exumação feita em 1980. Mulheres e crianças foram assassinadas com crueldade inimaginável, esse pessoal do Khmer Vermelho realmente estava impregnado de uma motivação insana, bárbara. Depois vimos um filme documentário que nos dava a dimensão do que acontecia lá dentro.
Foi um passeio pesado, a gente vê reações diversas nas pessoas que estão lá visitando, mas é fundamental para compreender um pouco o país e suas pessoas.

O relicário com os crânios de cerca de 9000 pessoas, e sua vista externa. Abaixo, a vista geral do entorno com as covas coletivas e por último uma cova onde foram encontradas somente crianças.
 
Museu Toul Sleng (conhecido como S-21)

O museu Toul Sleng se localiza numa escola que foi ocupada pelo Khmer Vermelho para abrigar o centro de detenção e tortura. É estranho ver um prédio de uma escola, onde antes crianças e jovens corriam pelos pátios e salas de aula, se transformar num espaço de terror. As salas foram adaptadas para receber todos "acusados", "suspeitos" e "traidores do regime", o que poderia ser qualquer um. As pessoas eram trazidas, torturadas e depois enviadas para serem assassinadas nos Killing Fields. Nem tiramos muitas fotos aqui, o lugar dá arrepios, tem um clima realmente pesado. Nos painéis vimos fotos de um ator e uma cantora, famosos na época, que foram também assassinados.


Vista geral do prédio, detalhe da cerca para evitar suicídios, expo de fotos sobre os campos e a exumação de 1980, vista de um dos quartos.

Um aspecto que ainda nos choca é saber, através dos guias locais e também de depoimentos (no YouTube tem um episódio do No Reservations sobre o Cambodja, de 2010), que ainda há membros do Khmer Vermelho ocupando posições privilegiadas na sociedade cambodjana. Corrupção e impunidade, será que isso lembra de algum outro lugar?

A presença de turistas aqui em Phnom Pehn é algo impressionante, não esperávamos ver tantos aqui, de várias nacionalidades, europeus variados, americanos, chineses, thailandeses, mas nenhum brasileiro por enqto. Por um lado, é muito importante para o país se tornar um destino popular, pois sua história recente demanda uma entrada de dinheiro, trazendo recursos que ajudem na sua reconstrução. Já vimos algumas universidades pelas ruas, prédios comerciais, o turismo é crescente, Angkor Wat (onde iremos depois de amanhã) é um orgulho nacional. O país parece se reerguer após esse período de retrocesso, e isso inspira muita simpatia em todos que vêm visitá-lo.

Apesar dessa história recente tão pesada e cheia de feridas profundas, só tivemos experiências positivas com as pessoas que encontramos aqui em Phnom Pehn. Desde o tiozinho que ajudou a localizar a mala da imigração, os 2 motoristas de tuk-tuk, os vários tuk-tuk´s que nos abordavam nas ruas, as senhoras do mercado onde tentavamos perguntar algo sobre a fruta e o prato tal, o carinha do hotel que vive conversando sobre assuntos diversos com a gente, todas essas pessoas têm uma simpatia e abertura que realmente impressionam, chegam com um sorriso em que não sentimos traços de malandragem. Eles são em sua maioria budistas, o que talvez justifique essa forma de lidar e encarar a vida, apesar desses traumas tão terríveis por que passaram.


Enfim, Phnom Pehn nos cativou! 
Abs a todos!!

sábado, 22 de outubro de 2011

Dias 2 e 3 | 21out e 22 out | Cambodja - Phnom Pehn e a Mochila viajante

Vimos agora que as pessoas não conseguem comentar os posts, portanto já corrigimos isso, somos novatos no assunto né...
2 dia (21 Out)
Ontem não comentamos nada, então, vamos lá...
Chegamos no aeroporto de Phnom Pehn (Cambodja) e os funcionarios estavam quase todos fardados, dá um pouquinho de medo, mas foi tudo bem. Só a minha mala que não pude pegar ontem, pois ela acabou voltando para Bangkok. Minhas coisinhas, não pude usá-las!!! Tive que usar a camiseta do Márcio, lavar a que estava usando e esperar secar até hj de manhã, rsrs Deveria ter feito cartão de milhagem para minha mala, pois ela viajou mais que eu, rsrs
Mas isso não estragou a noite. Para o jantar, comemos o prato típico daqui "Amok" um ensopado com curry acompanhada de arroz de jasmim, muito diferente de tudo, pois é muito aromático. Uma delícia, pedimos um de porco e outro de peixe. Aliás aqui eles comem muito arroz jasmim, que já estamos ficando viciados...


Primeira noite em Phnom Pehn, regado a cerveja Angkor e Amorak, um prato Khmer incrivel

3 dia (22 out)
Decimos visitar o National Museum, mas no caminho ao longo do rio Tonlé Sap (afluente do rio Mekong), avistamos muitas barraquinhas e decidimos ver o que estava acontecendo. Era simplesmente uma feira livre. Mas para nossa surpresa, era uma feira muito, mas MUITO diferente do que já vimos.

Havia muitos tipos de peixes fresquíssimos, alguns vivos e nadando nas bacias, muitas verduras diferentes e frescas e muitas rãs tb. praticamente sem a pele e cabeça e ainda PULANDO!! Uma cena um pouco estranha, pelo menos para nós. Mas tudo muito fresco!!
Vista do rio Tonlé Sap e chegada ao mercado de rua.

Experimentamos também a fruta chamada Durian, famosa pelo seu cheiro muito forte, praticamente fedida e insuportável, mas ao experimentar até que não foi tão traumatizante. Vale a pena experimentar! o Márcio comeu e depois da segunda bocada, gostou pela "complexidade" do sabor, uma mistura de banana, abacaxi, queijo, não existe nada parecido. Vale ressaltar que é uma fruta cara para os padrões do povo local.

 
Frutas e vegetais variados, Durian no alto à dir.
 
Rãs, cobras, crustáceos e peixes e variados.
Depois ficamos sentados ao longo do rio observando a movimentação dos locais. Haviam pescadores que passavam a tarde inteira subindo e descendo o rio e toda vez, haviam muitos peixes em suas redes. Incrível.. Haviam famílias inteiras trabalhando, inclusive com bebês de colo penduradas nas redes.
Dormimos um pouco na parte da tarde (acho que ainda foi o resquício do jetlag) e depois que acordamos, já ligamos para o aeroporto para certificar que a minha mala havia chegado. Felizmente estava lá, desemparada mas acompanhada (o serviço de checagem deles não é dos melhores!)!!
Fomos de tuk tuk, lógico... depois de experimentarmos a primeira corrida ontem a noite (regra de trânsito inexiste aqui) fomos tranquilos e animados.
Uma observação do trânsito aqui. Ontem pegamos o tuk tuk e experimentamos o que todo motorista gostaria de fazer, como andar na contramão. O cara viu que a gasolina estava acabando e começou a dirigir para o outro lado da rua, pois o posto de gasolina estava do outro lado da rua. Ele só ia buzinando, meio que dizendo que estávamos atravessando e p todos tomarem cuidado com nós que estávamos entrando! Os faróis praticamente entrando direto em nossos olhos, hilário!!!! Uma velhinha (os pedestres tbm fazem o mesmo!!) também com sua bengala, praticamente fechou os olhos e foi atravessando.. Os que estavam dirigindo é que tinham que desviar dela.. kkkk

Pescadores no rio, Tuk-tuks e a mochila viajante!
Bem, diante de tudo isso hoje o Márcio estava comentando.. com todo esse caos, como não havia acidentes? Pois foi só esperar um pouco e lá estava o acidente acontecendo entre 2 motos... aparentemente nada grave, mas o caro deu 2 cambalhotas... e nós chegando na pousada tb. acabamos encostando em um cara de bicicleta... Nada de grave...
Apesar de ser uma capital, vimos tbm cenas pitorescas como um cara pelado, enrolado em uma toalha e conversando numa mesa em plena avenida movimentada!!!

Abs a todos!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dia 1 | 20out | Tailândia - Chegada a Bangkok

Sawadee krap (ká para mulheres), ou Olá!
Saimos de Cumbica na terça 20h20 (com atraso de 1h30) e chegamos em Johanesburgo no dia seguinte, por volta das 8h00 (hora local). Saimos de lá às 13h40 para Bangkok, num trecho de 11h, chegando em Bangkok às 5h30 da manhã do dia 20 de outubro. Chegamos ao nosso portão de entrada ao Sudeste Asiático!!

Bangkok é imensa, complexa, confusa, caótica, lembra SP em seus contrastes. A primeira impressão foi impactante, um aspecto de primeiro mundo, como o aeroporto Suvarnabhumi - de nome impronunciável, como muitas palavras aqui para nós, brasucas. O Brasil precisará mais que a pressão de uma Copa e uma Olimpíada para chegar nesse nivel... O transporte, que usamos pelo menos, é muito bom (trem e skytrain). E parece q tem uma classe média q consome tudo q existe de mais moderno, é comum ver pessoas no trem com iPads, iPhones, e todo tipo de gadget tecnológico.
E ao mesmo tempo a cidade tem um caos e confusão tipicas de cidades que cresceram de forma orgânica, sem planejamento. Ruas sujas, pobreza muito evidente, e ainda tem as primas, que enchem as ruas durante a tarde e de noite, acompanhadas de homens mais velhos (a maioria aparentemente da Europa), em busca de diversão fácil e barata.

Aliás, o custo das coisas aqui acaba sendo baixo até mesmo para nós, as refeições e transporte são realmente abaixo do nosso custo de vida aí no Brasil. Não é à toa que a cidade parece respirar turismo, mesmo as pessoas comuns falam algum inglês e pelo menos na capital, é fácil se virar dessa forma. A variedade de turistas que circulam nas ruas é uma das coisas mais impresionantes aqui, parece uma torre de Babel. E vale lembrar, a grande parte vem pelas belezas naturais e pela riqueza cultural do pais. 

Segue um resumo nas fotos dos nossos últimos 2 dias, passando por Johanesburgo e seus free shops intermináveis e pelo suntuoso aeroporto de Bangkok. E claro, uma volta por Bangkok, na jornada para a compra da câmera (que por sinal valeu muito a pena, Canon EOS 600D). Vamos ter q melhorar a qualidade das fotos...

No mais, coisas corriqueiras de quando viajamos, como a Beth quase capotando durante nossas paradas por causa do jetlag (agora essa é a desculpa...), nós sendo confundidos (mais de uma vez) com malasianos e singapurenses.Com os tailandenses, o tempo todo, já q a abordagem inicial deles é com uma frase muito mais longa que um simples "Hello"...
Sobre a enchente, a região que estamos não foi atingida. Mas do skytrain vimos áreas com alagamento, o que pode piorar nesses próximos dias.

Amanhã vamos pegar o vôo para Phnom Pehn, no Cambodja. Voltaremos p Tailândia somente em janeiro, qdo vamos realmente dar uma volta geral pelo pais. Nessa época as enchentes já terão terminado.

Por hora vamos ficando por aqui!
Abracos a todos!!!

Marcio e Beth (capotada)

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Brasil | Post Nº1, esse a gente nunca esquece!

Gentes! Hoje é a nossa partida!
Só poderíamos iniciar nosso 1º post deste despretencioso blog (não queremos que ele se torne um fardo, mas simplesmente um relato-resumo do que vamos destacar em nossa viagem) agradecendo tantas pessoas queridas que nos deram tamanha força!
Esperamos que esse período seja realmente inspirador, por todas experiências, perrengues e descobertas que vamos fazer.



Partiremos hoje para Bangkok (Tailândia), que ultimamente tem sofrido constantes ameaças de enchentes. Estamos nos informando a cada momento sobre as condições do país, mas nesse início de viagem Bkk será  mais uma via de chegada.

Nosso itinerário resumido será:
Tailândia - Cambodja - Vietnã - Malásia - Indonésia - Tailândia.

No mapa segue um esquema da primeira parte da viagem, com definição mais detalhada de cada local ou atração a ser decidido ao longo do caminho.



Abs a todos!