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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Dia 9 | 28out | Cambodja - Angkor Wat e Angkor Thom

Acordamos às 3h30 e fomos esperar nosso tuk-tuk, que chegou no horário combinado... mas disse  que teria de ir de última hora para a fronteira com a Tailândia e tal. Pelo menos ele tinha chamado um amigo, que chegou logo em seguida. Nossa dúvida era se ele já tinha o compromisso antes ou não, já que na noite anterior ele nos cobrou pelos 2 dias de viagem. Nem discutimos e fomos em frente.

Angkor Wat
Seguimos para Angkor Wat para pegar o nascer do sol, uns quinze minutos da pousada com as estradas mais livres... mas não vazias! Havia gente do mundo todo chegando em ônibus, vans, tuk-tuks, bicicletas. Chegamos no escuro, e com a luz do celular fomos andando em direção ao templo. Mais senhoras nos abordando para tomar o café depois em suas barracas.
A vista é espetacular, a gente vai entrando por um longo passeio, ladeado por lagos enormes. Tudo muito imponente e grandioso! Chegando lá, já mandei fogo na câmera, pegando várias luzes do amanhecer. E não é que a bateria acaba e quando fui trocar pelo estepe, percebi que tinha esquecido de carregar!?! Que grande vacilada, a febre do dia anterior me tirou do eixo! Pelo menos conseguimos tirar as fotos do nascer do sol! Decidimos então voltar para a pousada, tomar o café da manhã lá e carregar a bateria, pois afinal de contas, Angkor Wat era a razão de estarmos no Cambodja!

Acima, a multidão se acomodando para o nascer do sol, e já com a luz do dia.
No meio, amanhecer em Angkor Wat. 
Abaixo, a entrada do templo e a Bé com o novo tuk-tuk.

Na pousada, enquanto tomávamos café e decidíamos sobre nossos próximos dias, resolvemos sair na mesma noite. Vamos pegar o night bus para Ho Chi Mihn, Vietnam. Reservamos o bilhete, empacotamos nossas mochila em tempo recorde, e deixamos num quarto separado, pois tivemos que fazer o checkout da pousada. A bateria descarregada serviu para gente agilizar nossa ida ao Vietnan!! 

Voltamos a Angor Wat, e o nosso novo tuk-tuk não era tão simpático como o Tino. Alías ele sempre resmungava algo em khmer após pedidos do tipo "por favor, pode parar aqui para eu tirar uma foto?". Cara folgado! rsrs. E ele dever ser o único motociclista estressado que vimos no Cambodja, pois era do tipo que buzinava de forma mais agressiva, com buzinadas mais longas no estilo "sai da frente que quero passar".
O lugar estava tomado pelas pessoas, de todas idades e nacionalidades! E isso é bacana pois o destino realmente merece, apesar das multidões tirarem todo clima que se esperaria de um lugar como esse. Haviam muitos grupos estilo CVC, com guias falando fluentemente vários idiomas, inclusive japonês.
Acima, variedade de públicos. Monges sempre estão presentes nos templos.
No meio, vista da torre principal de Angkor Wat. 
Abaixo, vista geral do conjunto com o lago.

Angkor Wat é um complexo gigantesco, o maior dos monumentos de Angkor. É o tipo de obra onde a gente se pergunta sobre como conseguiram levantar algo tão grandioso em tempos onde ainda não existiam máquinas modernas. Algo comparável às grandes obras das civilizações antigas, em termos de esforço humano envolvido. Nos guias se menciona que Angkor Wat foi levantado em princípio para ser o templo funerário do rei Suryavarman II, para honrar Vishnu, a deusa hindu com a qual o rei se identificava. Vishnu é aquela que tem um monte de braços.
Gostei da Naga, que é uma cobra com 7 cabeças, que sempre fica nas entradas dos templos de origem hindu. Ela é reguladora dos climas, e por isso está relacionada com a produtividade do reino.
Um dos grandes destaques desse templo são os corredores laterais, que percorrem mais de 800 m de extensão. Em cada corredor foram entalhadas na pedra cenas épicas sobre a civilização angkor e também cenas do Mahabharata, o livro épico hindú. Há um sentido anti-horário para se percorrer esses corredores, para se ter uma leitura linear das figuras entalhadas, realmente belíssimas.
Bé e a vista geral do templo.
Eu num dos corredores com os entalhes, em cerca de 800m de corredores.

À esquerda, detalhe da imagem da Naga (cobra com 7 cabeças), que aparece nas entradas.
No meio, a Bé num dos inúmeros salões. 
À direita, a deusa Vishnu e um monge.

Angkor Thom
Angkor Thom foi uma cidade, que chegou a ter cerca de 1 milhão de habitantes em seu ápice.
Como uma cidade, tinha também a população, o povão, de quem não se tem muitos resquícios nos complexos de Angkor porque as suas casas eram todas de madeira. Pedras só eram utilizadas para as construções religiosas. A visita a Angkor Thom tinha um sentido sugerido, passando pelo templo mais importante de Bayon (que tinha uma caras esculpidas na pedra muito bacanas), templos menores e outros espaços religiosos. 
Templo de Bayon, em Angkor Thom. As grandes caras talhadas em pedra.

Preah Khan
Nesse templo, assim que entramos já encostou um cara "amigável", explicando sobre os espaços, sobre os detalhes, sobre o melhor ângulo para tirar a foto para dar o efeito de luz tal. Ele nos seguiu por uns 10 minutos, até que eu disse: "Cara, sei que vc quer nos guiar, agradecemos mas não vamos ter nada para te dar depois. Se quiser continuar mesmo assim, para nós está tudo bem!". O cara parou e não nos seguiu mais. Nada como uma mensagem clara e sintética! rs.
Esse templo lembrava um pouco o Ta Prohm, pela intervenção da natureza em suas estruturas e isso quer dizer árvores com as raizes envolvendo paredes e a cobertura, raizes invadindo os espaços internos.
À direita, detalhe da abertura superior, com as ávores invadindo tudo.
No meio, a Bé fazendo escala humana para a árvore que cresceu sobre a parede. 
À direita, a Bé descansando e um relicário com efeito de luz.
Após percorrermos toda cidade de Angkor Thom, já cansados, paramos para uma água de côco reconfortante. E para variar, nos cercaram para vender lenços de seda, lembranças estilo 25-de-março, tranqueiras diversas. A maioria eram umas moças e senhoras e agora já apelamos: "Pessoal, nós somos brasileiros, brasileiros não têm dinheiro! Olha a dica, vocês têm que chegar em cima daquele grupo de japoneses, eles sim estão cheios da grana!". O engraçado é que elas riram e pegaram o espírito da coisa e não encheram mais a gente. Ficaram mais perguntando sobre por que temos essa cara de orientais, se nascemos no Brasil. Hehe!

Voltamos à pousada e nos preparamos para o ônibus para Ho Chi Minh, que vai sair à 24h00.
Nesse tempo conseguimos reservar o próximo hotel, ver como chegar e organizar os atrativos que queremos conhecer nas redondezas.

E vamos que vamos!!

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